quarta-feira, 25 de junho de 2014

Magia

     Não raramente me pergunto sobre a força universal que move e interage com todas as coisas. 
     Uns a chamam de Deus, eu a chamo de Magia. 

     Para mim, a magia abrange muito mais do que podemos compreender. O fato é que existe uma força que conecta todas as partículas existentes, que as molda e as organiza. Falei no post passado sobre os elementais da natureza, estes, utilizam-se desta força para cumprir o seu trabalho. E nós também podemos utilizá-las.
     Pesquisando sobre a Magia e seus Elementos encontrei uma referência que me pareceu relevante para explicar como este processo acontece e como podemos utilizá-lo. Eliphas Levi, ocultista francês do século XIX, em seus livros Dogma e Ritual de Alta Magia e The Mysteries of Magic, explica sobre o funcionamento da magia.  Para ele, três leis básicas são aplicadas diretamente à esta força. Seriam estas:

1- A lei da importância da força de vontade humana. 

Segundo Eliphas, a magia implica-se diretamente com a força de vontade. Quando desejamos profundamente que algo aconteça, exercemos uma atmosfera mais propensa para atingir aquilo que desejamos. Uns falam sobre a Lei da Atração, outros a explicam através da bíblia: "Por isso lhes digo: Peçam e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta." Lucas 11:9.

2- A lei da Luz Astral

Levi se refere à esta luz como "O grande agente universal, o agente mágico ou a alma do mundo". Esta luz seria uma substância espiritual invisível que permeia tudo no universo, podendo ser utilizada pelos magos para provocar mudanças em qualquer distância no espaço. Diz-se que esta substância foi criada por Deus antes de tudo, quando ele disse: "Faça-se luz".

3- A lei da correspondência

Esta lei mostra que certos objetos, símbolos ou substâncias estão ligados a diferentes energias - formas de vibração. Então se materializamos algo em nosso pensamento, ele passa a existir e, logo, somos capazes de trazê-lo para o nosso espaço físico.

Junto à estas leis, encontramos um ponto chave para a construção da magia: A imaginação. É através da imaginação e das emoções provocadas por esta que conseguimos transmitir nosso desejo e levá-lo para onde queremos. A imaginação é os nossos olhos para o mundo invisível.

     Através destas explicações sobre Magia, comecei a compreender um pouco mais sobre esta força universal que, acredito, está presente em todas as coisas. 



As referências acima foram tiradas do livro:

CICERO, Chic. Essencial da Golden Down: Introdução à Alta Magia. Cap. 03; Magia, como é e como ela funciona. São Paulo: Madras, 2008. 

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Elementais - a Natureza e suas manifestações

     Andei pesquisando ultimamente sobre os Elementais da natureza. Busquei o ocultismo e o espiritualismo para tentar identificar as possíveis relações destes seres feitos de pura magia. 
Para o ocultismo, os elementais encarregam-se de harmonizar, controlar e orientar as forças da natureza de acordo com a sua preparação para realizar tal feito. Nesta perspectiva são encontrados elementais responsáveis pelos quatro elementos naturais. Terra, Água, Fogo e Ar.

ELEMENTAIS DA TERRA

Dentre os elementais da terra encontramos os Duendes, Dríades e Gnomos. Estes seres são responsáveis pela organização dos reinos vegetal, animal e mineral na terra. Estão presentes, principalmente, junto à natureza, nos jardins e florestas. Podemos encontrá-los também aonde há vida terrestre, numa simples folha de árvore ou através da energia das pedras.


                                          ELEMENTAIS DA ÁGUA




A Ondinas são os seres que harmonizam os estágios onde a água se encontram. Estão nas partículas sólidas e líquidas de água e são feitas de pura energia. Onde há água, elas se fazem presentes. Podemos encontrá-las em sua mais perfeita forma nos rios, mares, lagos, geleiras, cachoeiras. 





ELEMENTAIS DO FOGO


O elemento fogo é regido pelas forças das Salamandras. Estas são responsáveis pela sedução e brilho exercidos pelas chamas e estão presentes em todas as formas de fogo existentes. Nas fogueiras, nas velas, na eletricidade, no sol. 

                                                                             
                                                   ELEMENTAIS DO AR


Estes seres harmonizam o ar. São eles as Sílfides. Estas podem ser confundidas com as fadas, pois, é dito que possuem asas e a leveza do ar. São encontradas por toda parte e podem ser sentidas através do farfalhar do vento.


     Estas manifestações de energia, chamadas de elementais possuem uma forma, cor e textura que, muitas vezes, não podemos compreender. Elas tem o poder de caminhas por entre alguns mundos e podem adquirir a forma necessária à nossa compreensão. Estas forças naturais se encontram em todos os organizamos vivos, principalmente em nós, seres humanos. Pois nosso corpo é formado por água, ar, nos alimentamos da terra e necessitamos do fogo para viver, ou seja, do sol. Neste ponto de vista, concluímos que em cada um de nós existe também a força dos elementais da natureza, pois também somos feitos de matéria e energia. 
     Podemos saudar os elementais e pedir que continuem com seu trabalho na construção de um mundo em desenvolvimento.

Solstício de Inverno

     Agora são exatamente 00:00 do dia 21 de junho de 2014. Dia do Solstício de inverno no hemisfério sul.

Onde os dias são mais curtos e as noites mais longas. Gosto desta época, principalmente porque adoro dormir no escuro absoluto, sem um raio de luz entrando pela janela d meu quarto. =D

     Para muitas culturas, o inverno é o começo de um ciclo, a espera pelo renascimento. Época de recolhimento da alma, meditação, planejamento de novas atividades. É quando somos convidados a observar os ciclos anteriores e refletir sobre as experiências que adquirimos.
     Rituais de inverno trazem em sua essência, a purificação pessoal e o renascimento. Momento de introspecção e contemplação das forças da natureza responsáveis pelo frio e a escuridão. Assim como nós, seres humanos, possuímos o lado negro e o lado claro de nossa personalidade, as forças da natureza, também através desta dualidade, mostram seu poder sombrio neste período de reflexão.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Ela, primeira entre nós

Trago hoje um pouco de mitologia...

Por ter sido criada na igreja católica até os 14 anos, confesso que nunca ouvi falar de um terceiro personagem na "emocionante saga da criação do universo" presente no livro do Gênesis, na bíblia. Segundo as bíblias que eu li, (e olha que já li uma bíblia inteira) havia apenas Adão, Eva, Sol, coco, rede, Skol, sombra, água sem gás e os animaizinhos da música do Pe. Marcelo Rossi. Nada, nadinha que fizesse referência a Lilith. Ela não está presente nos textos "sagrados"... então me perguntei quem seria ela? Sua história? Onde encontrá-la?
Bom, encontrei primeiramente no Wikipédia um pouco de sua história, algumas interfaces de sua mitologia e seu significado. Já havia lido sobre isso antes, mas ainda estava confusa quanto a história.

Pelo que percebi, Lilith teria sido "criada" pelo "deus criador" antes mesmo de Eva. Lilith e Adão haviam sido feitos do mesmo material e, por serem iguais, ela recusava-se em servir e sucumbir aos desejos do marido. A posição de papai e mamãe para ela não era suficiente. Assim como ela desejava o direito ao voto, à usar calças compridas, direito ao trabalho. Adão não gostou nada dessa história, Lilith rebelou-se e foi embora do Eden e o pobrezinho ficou chorando, enquanto pedia ao seu deus uma mulher submissa. Então Eva aparece na história como boa moça. Até que Lilith a tenta a comer a maçã e fode com a vida do casal. Ainda faz com que Adão cometa adultério agravando ainda mais a situação da humanidade.

Lógico que mitos são mitos, mas podemos perceber o poder da sociedade patriarcal no desenvolvimento do planeta e vemos claramente o quanto, até os dias de hoje, a mulher foi posta em um espaço de submissão. fui a um casamento evangélico uma vez onde o pastor dizia que a mulher tinha que obedecer ao marido. Achei isso um absurdo, é claro! Enfim...

Lilith seria um exemplo para as mulheres da nossa sociedade, por esse motivo ela foi excluída da história. Mas não completamente. Reduzida à uma figura demoníaca que atormenta crianças e casamentos ela permanece nos mostrando que não devemos baixar a guarda. Que nós, mulheres devemos lutar pelos nossos direitos. Pois, se a história estiver correta, o criador nos fez inicialmente com o mesmo material de Adão. Somos tão fortes quanto os homens e poderemos ir ainda mais longe do que já chegamos. Lilith é um exemplo de que não devemos desistir de lutar pelos nossos direitos e sonhos!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Negra Face


Hoje estamos na Lua Negra! Mas o que vem a ser essa fase?

A Lua Negra corresponde aos três últimos dias da lua minguante, quando não conseguimos enxergar nenhuma parte da lua no céu. Prenúncio da lua nova. Momento de cura, regeneração, adivinhação e renovação. Boa para rituais e celebrações que envolvam essas perspectivas.  As Deusas escuras são reverenciadas nessa época, época em que a lua é apenas ela mesma. Sem a máscara da luz do sol ela reflete apenas sua própria escuridão.

Como acredito que todos os seres possuem um lado obscuro e outro iluminado, é nessa fase onde encaramos a nossa escuridão e aprendemos a lidar com ela. Como eu costumo citar, a Deusa é tudo o que há de lindo e tudo o que há de feio. Ela possui as duas metades que se complementam! É a totalidade universal com sua perfeição que nos faz encarar nosso lado sombrio, buscando transmutá-lo em luz ou conviver com sua obscuridade.

Período que na antiguidade simbolizava a morte, uma passagem para o recomeço (Lua Nova). Momento de reflexão sobre nossos impulsos do mal e de auto-percepção para estarmos receptivos às novas vibrações de mais um ciclo lunar. Porque precisamos encontrar a nós mesmos, em todos os nossos aspectos, para também nos encontrarmos com as forças do universo, buscando assim equilíbrio em nosso espírito, mente e corpo.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Filha das letras

Depois de tantos anos de espera, finalmente consegui ter um antigo sonho realizado: Ler a coleção Sevenwaters em português do nosso país!

     Vim contar para vocês um pouco da história, ou melhor da minha história, meu caso de amor com essa autora que me encanta os olhos e o coração! Cada frase sua toca-me a alma e me deixa reflexiva por muito, muito tempo!
     Julliet Marillier, autora nascida na Nova Zelândia, consegue intercalar guerras, romances, aventura e tristezas em livros de fantasia, onde mistura Seres fantásticos e míticos, sempre buscando aprofundar-se um pouco nas lendas e histórias populares dos cenários de seus contos.
     Impressionante como seus livros me prendem do início ao fim, me fazendo esquecer tudo ao meu redor e me concentrar na história. Contos de fadas, geralmente, entrelaçados com a realidade dos seres humanos.
     Conheci seu trabalho há alguns anos enquanto trabalhava em uma biblioteca aqui na cidade minúscula em que vivo. Certa manhã encontrei um livro que me encantou subitamente assim que eu vi sua capa. Simplesmente linda, com cores suaves e mágicas... um tanto infantilizado... "A dança da floresta". Resolvi então levá-lo para casa e dar uma sacada se valia mesmo a pena lê-lo. Bom, esse livro nunca mais voltou para a biblioteca, nunca mais saiu da lista de meus livros favoritos, apesar de ser infanto-juvenil. Para falar a verdade, assim que o li, ele tornou-se o meu livro favorito, acho que o devorei umas quatro vezes! Fantástico! 
 
     Não preciso dizer que logo fui atrás de mais livros da autora. Porém não havia mais nenhum publicado no Brasil! Baixei então os PDFs de Portugal e imprimi TODAS as páginas do livro "A filha da floresta" (ed. portuguesa). Simplesmente o livro mais encantador que eu já li e nenhum outro, nem Filho das Sombras, conseguiu superá-lo. Era desconfortável ler as grandes folhas de A4 em letras minúsculas, porém é difícil explicar o quanto era prazeroso mergulhar naquela história cheia de tristezas, amizade e amor.
     Filho das Sombras também me surpreendeu e nele, Marillier conseguiu outra vez me prender à história de modo que não conseguia parar de ler. Contava os minutos para estar em casa e continuar a leitura, entrelaçando-me com a vida de suas personagens.
     Apesar de lindas e fantásticas, as histórias de Julliet Marillier me trazem um algo de "Eu não gostaria de estar no lugar desta personagem"... Sorcha sofre horrores no decorrer da história, é um conto de fadas maravilhosamente escrito, porém que eu não gostaria de viver! O contrário de Harry Potter ou Frodo Bolseiro, onde a gente se imagina em Hogwarts ou na Terra Média.
      Os livros de Julliet nos fazem sorrir, gargalhar e chorar copiosamente. Tocam fundo através da magia e das lendas antigas descritas em seus livros. Algo que me chama muito a atenção são os seres míticos descritos pela autora. Ela descreve seres fortes, magníficos e cruéis que servem à um propósito maior. Não deixa claro se são fadas, sílfides, ondinas... Apenas os descreve ricamente e nos deixa usar a imaginação. Então me pergunto... serão os seres mágicos tão sérios e cruéis, porém com um senso de justiça, como ela descreve em seus livros?
     Julliet me encanta e mal vejo a hora de ler Filha da Profecia que será lançado pela Editora Butterfly em 2014. Não li a edição portuguesa deste livro e estou esperando ansiosamente. Tanto as séries Sevenwaters e Wildwood conseguiram me cativar, apesar de ainda não ter lido O Segredo de Cibele, que pretendo um dia encontrar esta grande mulher para lhe agradecer pelas longas noites de sonhos e fantasias que ela me proporcionou!

=)


PS: A versão da capa brasileira do Filho das Sombras, na minha opinião ficou belíssima! Já não gostei muito da capa de Filha da Floresta. A Dança da floresta possui uma capa padrão para todas as edições pelo mundo!

Site oficial - Julliet Marillier

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Vera =D


23 de setembro! Primeiro dia de primavera!




Dia perfeito para se comemorar Ostara!

Eu nunca fui ligada às festividades religiosas, sejam elas o natal ou os diversos sabaths existentes. Porém, sempre gostei dessa data!
Talvez pelo fato de que eu nasci na primavera, daqui a alguns dias fico mais velha... e quanta coisa eu aprendi nesses tantos anos!
Comemoro, comemoro as flores, o sol, a 12ª casa do zodíaco, a proximidade do fim do meu inferno astral! O dia 23 marca uma grande mudança para todos nós. Quando (aqui no hemisfério sul) estamos aguardando a chegada do sol (mesmo que em muitos estados brasileiros ele nunca tenha ido embora). O simbolismo desta data me toca profundamente devido a essa enorme quantidade de mudanças em minha vida.

Em tempos antigos, celebravamos a fertilidade, o adeus ao inverno rigoroso, frio. Onde, nesta data (entre 21 e 23 de setembro), os antigos reuniam-se ao redor de suas fogueiras e contavam histórias, riam, dançavam.

Que a lembrança dos tempos antigos não seja apagada!
Vamos celebrar Ostara, a primavera, a natureza!!!